quarta-feira, 21 de julho de 2010

LUCY 3

Meu caro Andy Rocka, sábia e efetiva foi tua continuação, obrigado pelo fim. Na verdade não diria fim, a palavra certa é início. Estamos discutindo aqui o próprio EU do ser humano e não há nada mais complexo no mundo que o meu EU, o seu EU e os mais de 2 bilhões de EUS que estão espalhados por este mundinho pequeno. Já que este tema é tão complexo e cheio de mistérios, acredito com minha sabedoria de bolso, que este assunto passará de geração em geração e nunca chegaremos a uma conclusão definitiva.

Mas uma pequena palavra que você menciona me faz dar seqüência a história de Lucy. MEDO. Concordo plenamente quando diz:

“Portanto, nosso medo mais primário, o da morte, nos impede de continuar com alguém. Isso porque tememos estar com a pessoa errada, de estarmos gastando nosso tempo enquanto 'a pessoa certa' nos espera em algum lugar, o de morrer sem conhecer o tal amor, entre outras possibilidades amedrontadoras.”

E para complementar o MEDO, vou citar um pouco sobre as Pulsões de Vida e de Morte, que muito tem ligação os medos que sentimos e deixamos de sentir.

Para Freud, a pulsão de vida seria representada pelas ligações amorosas que estabelecemos com o mundo, com as outras pessoas e com nós mesmos, enquanto a pulsão de morte seria manifestada pela agressividade que poderá estar voltada para si mesmo e para o outro. O princípio do prazer e as pulsões eróticas são outras características da pulsão de vida. Já a pulsão de morte, além de ser caracterizada pela agressividade traz a marca da compulsão à repetição, do movimento de retorno à inércia pela morte também.

Veja, a pulsão de morte nos traz o impulso de realizar certos desejos quando nos sentimos sob ameaça, é algo automático, que não controlamos, como piscar os olhos, esses impulsos são escoados pela Pulsão de Vida. Ou seja, diante da situação que estamos discutindo, o SER, se questiona sobre o seu fim, como será? Pense você mesmo, em um relacionamento que esta iniciando, você nunca se pegou fazendo planos futuros e se imaginando daqui alguns anos com aquela pessoa? Pois então, este curta metragem que passa pela sua cabeça, é capaz de levantar milhares de questões e uma deles é a que o Andy fala: “Será que estou perdendo tempo com esta pessoa?” no momento que você se questiona sobre essa possibilidade, em algum lugar entre a linha tênue que separa o seu corpo do seu psiquismo, aflora a pulsão de morte, “Epa! Estou sendo ameaçado” e nossa resposta para isso qual é? SAIR CORRENDO sem olhar para trás! , dormir e esquecer-se de tudo no dia seguinte, como Lucy fazia, alias o esquecimento é um mecanismo de defesa muito útil. E é desta forma que deixamos escarpar muitas oportunidades na nossa vida, tudo isso pelo simples fato de nos sentirmos ameaçados.

Se o fato de centenas de pessoas estarem solteiras remete-se ao relevante medo de seu fim, podemos assim dizer que só temos medo, pois pensamos no futuro, ou alguém pensa no fim presente?

Mas o futuro é incerto ao inconsciente e o medo da aniquilação é maior à vontade de ser feliz. Jedi Yoda diz-nos tão sàbiamente que o medo conduz para irritar, irritar conduz para odiar e odiar conduz ao sofrimento.

VIVA UM DIA DE CADA VÊz!

Curta, entregue-se, ame, sorria, não pense no que vai acontecer amanhã, não queria perder seu valioso tempo sofrendo por antecipação, vimos aqui que isso não te levará a lugar algum que não seja ao inicio.

ENTREGUIE-SE A SUA PRÓPRIA VIDA!
Marco Salera

2 comentários:

Andy Rocka disse...

olhaaa, quase uma aula de Psico! uAHuAuhAUhuA. Eu acho que o primeiro passo é aceitar que se sente medo, pq as pessoas simplesmente não enxergam isso. Em seguida, querer derrotá-lo. Porque não adianta apenas saber que se tem medo, e por isso nao se vai além, é necessário ter força de vontade para transpô-lo. O terceiro passo, e não menos simples, é o de aguentar as consequências. Dramalhão neh?

Por isso to solteiro, AHUAHUAhuA alocka

Augusto Barros disse...

Gostei do texto. Aliás, tava lendo Lucy 2, ali embaixo, e só o desejo de ter alguém realmente não é suficiente. Muitas vezes o amor não é suficiente. Acredito que existam fatores externos que são importantes num relacionamento. Por sinal, é tema da minha última poesia no meu blog.